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Descrição do voo pelo Paulo Frade:

Num dia em que tínhamos as espectativas elevadas, dada a previsão de boas térmicas, direção e intensidade de vento, para atacar os 300Km, acabámos por quase atingir o objetivo, apesar  do dia se mostrar bem mais difícil do que o previsto.

As combinações começaram na 6ªf anterior, por telefone e foram ultimadas no jantar “Carnal”, leia-se presencial, (esta é para a Cristina) de desconfinamento onde reinou a boa disposição de um evento de reencontro, passados mais de 6 meses, desde o inicio deste Pandemónio.

No sábado, dia do voo, seguindo o plano, encontrei-me com o Kamisas e a Vera, em Santarém, no sitio do costume, pelas 8:45h.. Seguimos na Direção de Belmonte ponto de encontro combinado com o ET (El Torero). Com carro do ET a perder água, demorou mais 30 min que o esperado e para compensar, acabamos por nos encontrar em Vale de Amoreira. Passadas as asas para o Mercedes, subimos a Serra.

Chegámos à descolagem pelas 12h, o vento estava um pouco mais forte do que o esperado, mas estava ainda bem na nossa janela de segurança, variando entre os 15 e picos de 30Km/h, com tendência para melhorar, com o aumento da atividade térmica.

O 1º Record foi o da montagem da Rigida do Kamisas, pela equipa maravilha Vera/Kamisas em 36 min. É claro que depois precisou mais 1 h para os apetrechos, vario, câmaras…

Descolagens sem história, saiu 1º o Kamisas para ter a nossa ajuda, com a rigida, o ET e logo de seguido por mim.

O dia não estava nada fácil de subir e tivemos quase uma hora em várias tentativas até conseguirmos estar em condições de sair para o Cross.

O ET demorou um pouco mais a subir, entretanto eu e o Kamisas partimos juntos.

A seguir a Celorico estivemos a 200m AGL, com o arnês aberto para aterrar, subimos aos 700m AGL, não conseguimos continuar a subir e voltámos a cair novamente para os 200m AGL, voltámos aos 1000m AGL caímos novamente para os 600m AGL, para então, finalmente subir para os 2600 ASL.

Antes de Poiares eu teria escolhido forçar a rota por Espanha, por me parecer uma rota com melhores aterragens, mas a decisão no pratica, em conjunto com o Kamisas, acabou por ser na Direcção combinada de NE.

Passámos o Douro por cima de Barca de Alva, onde a única aterragem visível, dada a nossa altitude de 1200m era um pequeno campo a subir, no vale.

Esta passagem tem uma paisagem deslumbrante e senti-me um privilegiado por poder estar a usufrui-la (isto depois de ter começado a subir na térmica marcada pela nuvem…).

A transição para Carviçais, foi tranquila, onde voltámos a subir numa boa térmica, até finalmente aos 3000m, sempre com uma boa deriva. Passámos por cima de Mogadouro, onde deu para recordar a época de grandes voos que ali fizemos a partir de Bornes, nos vários Campeonatos de Macedo de Cavaleiros. A paisagem do rio Sabor, está agora bem diferente, dada a “nova” Barragem que alterou bastante a paisagem.

Curiosamente no inicio do Voo eu estava mais com tendência para forçar para E, enquando o Kamisas estava a puxar mais para N, a partir desta altura foi ao contrário, eu, talvez influenciado pela direção das linhas de água, que me pareciam oferecer boas linhas de transição.

Passámos à direita de Vimioso na direção de Alcañices, onde passámos a fronteira. Aqui eu forcei (possivelmente demasiado) para N e o Kamisas não cedeu e manteve a rota NE, efetivando assim a nossa separação. Creio que a decisão do Kamisas teria sido a mais acertada, pois acabei por voltar à rota original, apanhando as nuvens que tínhamos visto quando nos separámos.

Na zona de Rio Negro del Puente, as nuvens estavam a funcionar e entre as 17:30h e as 18:30 fiz as duas  ultimas subidas primeiro até aos 3000m e depois até aos 3300m, onde iniciei o final glide por cima de La Bañeza, pelas 19:20h, com um GR de 1/20 – 1/25, o que permitiu exceder as minhas expectativas em termos da distância percorrida.

A parte final do voo tb foi interessante. Na direção que seguia, junto a León, havia CBs e trovoada, desviei para N. Nesta desvio final estava a 1500m ASL e por baixo de uma nuvem que parecia não oferecer perigo (havia muito ceu azul para W), não desci durante 15 min. Mas dado o adiantado da hora e a escuridão do CB que estava a W, forcei a aterragem. Mas a realidade é que com o inicio dos Picos da Europa, tb já não tinha planície para continuar o voo em segurança, por falta de aterragens.

Aterragem boa, desmontagem rápida para não fazer a recolha esperar, que chegou pouco depois, já a noite tinha caído.

Muito obrigado à Vera pelo Excelente trabalho de acompanhamento e recolha, ao Kamisas pela companhia e pela força motriz do Cross de Delta em Portugal e ao Sampaio pela companhia em mais esta aventura.

Paulo Frade

PortugalRicardo Marques da Costa @ 2020-11-22 23:57:41 GMT Linguagem Traduzir   
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