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Ganda voo, campeão! Parabéns! Tinha nuvem ou não? E vento? Ao princípio quase E, mas depois? E uma descriçãozinha, que há por aí gajos, como eu, que gostam de aprender com os bons? Abraço.

PortugalRicardo Marques da Costa @ 2019-03-31 19:47:55 GMT Linguagem Traduzir   
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Olá Ricardo!  Pois é, aprendemos todos uns com os outros. Neste caso foi o dia que proporcionou o voo, como se viu nos voos da malta a esvoaçar por todo o lado. Há muitos anos que voo ali e nunca apanhei nenhum dia assim, que permitisse explorar a zona daquela maneira para todas as direcções.

 

Na verdade saiu um pouco diferente do que imaginei pois a brisa só entrou já no fim do dia. Tinha pensado que daria para ir a surfar a onda como o Zé Rebelo fez há uns tempos a partir de Alvaiázere, ou como me calhou a mim num outro voo a partir do Arrimal, com uns zigzags a entrar no Ribatejo. Mas não... foi ainda melhor! 

No geral deu para confirmar o que tinha visto no XCSkies em conjunto com o Windy mais uns pozinhos do NOOA. Estava lá tudo: confluência, tecto a 2000 e picos com nuvem, sem desenvolvimento, gradiente jeitoso para térmica de categoria, humidade q.b. para cortar qualquer ameaço de pancadaria, e com grande parte das zonas á volta a dar chuva, menos ali! Ainda bem que a brisa que eu esperava não entrou tão cedo porque de outra forma não tinha fechado o "triângulo". Curiosamente esteva pessoal a voar na paia a tarde toda por isso o NO esteve sempre ali no "vai/não vai".

Por motivos de logística e tempo não pude ir ter com o resto da malta a Alvaiázere que parecia o melhor local para descolar por isso tinha de ser mesmo ali. Apesar de ver as eólicas de E, na descolagem estava com ciclos de frente (NE) bem definidos, quando cheguei. Depois teve uma quebra e inclusivamente uma ligeira brisa de costas. Foi providencial o meu atraso, poderia ter ido para o chão muy temprano... Quando finalmente descolei estava lateral, da direita, e assim esteve sempre enquanto me mantive baixo na zona da descolagem. A verdade é que havia umas bolhinhas á frente que as andorinhas ajudavam a identificar e permitiam não cair. Fiz um ou dois ciclos a derivar para cima da encosta e a avaliar o que poderia fazer daquilo: havia umas belas nuvens ao longe e a malta do Centro não se calava no rádio, já aos 2000, pendurados nelas; tinha falado com o Andorinha e ficámos de tentar cruzar as nossas rotas por isso era apontar para lá; ali perto despontaram uns farrapos na zona da passagem de Mira d'Aire para Alvados... Foi o primeiro objectivo!

Numa deriva bem esgalhada depois de ir numa bolha com uns milhafres, lá cheguei aos tais farrapos e a partir daqui começa a história... 

Na primeira nuvem tive logo o feeling que ia sofrer com o frio mas aquela zona é o "meu quintal" por isso tem um sabor especial ver os sítios que me são familiares daquela perspectiva. Demorei a apreciar a vista. Por azar desta vez não levei nenhuma câmara fotográfica comigo por isso comecei com umas tentativas falhadas de tirar o telefone. Fiquei logo com as mãos geladas mas lá segui de nuvem em nuvem. Estava de catálogo! Transição lisa, de acelerador e mãos nos bolsos por causa do frio. Era só apontar á próxima nuvem e a térmica lá estava, redondinha, forte, consistente e bem formada, sem turbulência. A certa altura achei que a BA5 estava demasiado perto e para não abusar desviei a rota, em direcção á malta que já anunciava a passagm do Sicó. No caminho havia uma nuvem maiorzita e bem escura a meter sombra numa área muito grande, que incluía a descolagem de Alvaiázere. Achei melhor mudar o plano e fiz uma passagem só pelas "bordas" a aproveitar mais uma borla a subir a direito sem enrolar. Apontei sempre à nuvem que tinha melhor aspecto e nunca desiludiu. Em Tomar vi que a decisão de não ter continuado para E-NE foi acertada pq a nuvem que evitei um pouco antes estava a descarregar bem, aí apontei para Sul mas nessa direcção tb percebi demasiada humidade para lá do Tejo, pelo que essa opção não teria grande futuro. Só me restava meter para Leste, a atravessar a barragem de Castelo de Bode e ir ao longo da margem norte do Tejo - o que até estava com bom aspecto- ou voltar á descolagem. Como estava sozinho e brisa nem vê-la, a decisão foi a de tentar voltar. Estiquei um pouco para outra nuvem na direcção da Golegã e medi a distância para Minde... ia ser no limite mas a E3 não havia de me deixar mal, desde que não apanhasse vento de frente. As eólicas de Porto de Mós já tinham rodado... mas as de Fátima ainda não. Foi á confiança. De qq forma havia uns campinhos alternativos e podia sempre borregar para Alcanena. Na chegada á encosta já não tinha ascendente nenhuma e inclusviamente estava meio catabático mas deu para apontar á oficial. 5 minutos depois de aterrar entra finalmente o NO...

Deu para apreciar o momento ainda com sol, que já não durou mt pois aquela parede mete sombra no vale relativamente cedo. Num dia semelhante, mais comprido e com menos humidade, talvez tivesse puxado a primeira perna mais para cima e depois continuado mais um pedaço pela planície Ribatejana adentro. Mas uma volta ao bilhar grande com regresso á casa de partida é especial cool

 

PortugalNuno Virgilio @ 2019-04-01 23:33:47 GMT Linguagem Traduzir   
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Grande voo Nuno, obrigado. descrição.

PortugalPaulo Gomes @ 2019-04-02 09:04:30 GMT Linguagem Traduzir   
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que brutalidade de voo, campeãozão. e a descrição tá espetacular. a malta estava em alva e não estavamos com grande fé na malta que foi para Minde. até que vimos o flymaster da Rita aos 2000m... alto que afinal também está a bombar lá para baixo. e entretanto iamos segiuindo o voo do Folhas e o do Amador. era bombastico por todo o lado...

deixo aqui um apelo para que continues a fazer esses grandes voaços, para depois partilhares a coisa com os marrequeiros, que a malta aprende sempre qualquer coisita com estas descrições. nem que seja só para sonhar um dia tentar fazer algo parecido. tenho saudades dos reports dos voaços do Folhas e do Ricardo dos ferros. tu também fazias uns poucos de vez em quando (reports). era uma delícia ler aquilo. continuem p.f..

parabéns, pá!

PortugalRui Tomé @ 2019-04-02 13:51:02 GMT Linguagem Traduzir   
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que brutalidade de voo, campeãozão. e a descrição tá espetacular. a malta estava em alva e não estavamos com grande fé na malta que foi para Minde. até que vimos o flymaster da Rita aos 2000m... alto que afinal também está a bombar lá para baixo. e entretanto iamos segiuindo o voo do Folhas e o do Amador. era bombastico por todo o lado...

deixo aqui um apelo para que continues a fazer esses grandes voaços, para depois partilhares a coisa com os marrequeiros, que a malta aprende sempre qualquer coisita com estas descrições. nem que seja só para sonhar um dia tentar fazer algo parecido. tenho saudades dos reports dos voaços do Folhas e do Ricardo dos ferros. tu também fazias uns poucos de vez em quando (reports). era uma delícia ler aquilo. continuem p.f..

parabéns, pá!

 

na recta de 14km que fizeste depois de Tomar, perdeste 1000m, com uma vel. média superior a 50/h. é realmente um asão.

PortugalRui Tomé @ 2019-04-02 14:24:03 GMT Linguagem Traduzir   
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Por mais anos que passem , há sempre voos que nos surpreendem !

Thats the beuty of it !

Grande voo

PortugalPaulo Adriano @ 2019-04-03 09:34:09 GMT Linguagem Traduzir   
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