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Nova marca para o local, desta feita a sair da descolagem oeste para uns 158kms de voo completamente solitário, sem ninguém para me dizer a que horas descolar ou tentar sair dalí, sem locais de passagem "obrigatórios" nem limites de altitude a 2750m, a rodar para a esquerda ou direita conforme rênde-se mais, a escolher o suposto melhor caminho, sem comités a decidir por mim, avaliando sózinho as várias  hipóteses de rumo face à posibilidade de desenvolvimentos, verticais sem ter nenhum director a mandar-me para o chão por decisão de terceiros, a rodar "on the core" os meus 20 metros quadrados de vela sem queixinhas de pessoal com menos brecagem e bem mais pano, a meter prego a fundo a mais de 80kms hora sem que a justificação seja ultrapassar o piloto x ou y, a escolher o local de aterragem sem ter que lá estar a uma qualquer hora pré-definida por alguém, etc, etc.
 
Aterrar no meio de enormes lezirias espanholas sem estar minimamente preocupado se cruzei ou não uma linha imaginária, imaginada mais uma vez por terceiros, nem ter de suar as estopinhas a dobrar a asa para não perder a "boleia", sem ter um "Pinto" a pressionar constantemente o "móvel" para, por sua vez, pressionar o piloto a manter o stress da "corrida" mesmo depois de já estar na chão e apesar dos mais de 35º de temperatura que "derretem" as minhas lombares já de si massacradas pelo óleo deixado no chão de uma Via Norte que me atirou a mim e à XT para o alcatrão! 
 
Eu sei, não era esta a descrição do voo que alguns amigos estavam há espera, mas isto também faz parte daquilo que chamamos de Voo LIVRE, e que bem que que lhe assenta esta segunda palavra do nome, LIVRE, livre das restrições que a maioria de nós enfrenta no dia-a-dia, de manhã à noite, a seguir regras e mais regras, profissionais, pessoais, de toda a espécie e feitio possivel, ditadas por pessoas mais ou menos inteligentes, mais ou menos esclarecidas, mais ou menos compreensivas, mas agora e sempre, REGRAS, ORDENS, DIRECTIVAS, etc, que nos são impostas na grande maioria das 24 horas do dia em que estamos acordados e das quais não conseguimos fugir a não ser nas horas que o parapente, como por magia, maravilhosamente nos permite vencer a gravidade e desconectar desse mundo terreno de obrigações!
 
E depois disto, que fazemos nós? Enfiamo-nos durante uma semana num local onde supostamente se faz Voo LIVRE  e estamos lá o dia todo a tentar voar segundo uma quantidade apreciável de REGRAS para alcançar uma classificação numa tabela que supostamente mede o nosso "valor" como pilotos...
 
Para ficar uma semana prisioneiro do stress e de todo o manancial de "ordens" geradas durante uma competição ainda te cobram 170€ pela inscrição na hora! 
 
E agora pergunto eu; onde encaixa aqui a tal LIBERDADE do Voo LIVRE?!
 
Acabo esclarecendo que, no passado dia 15, por menos dos 50€ que eram exigidos aos pilotos que pagassem a "diária" em Montalegre realizei Voo LIVRE a partir de Mirandela, naquilo que considero ser a variante Rainha do parapente, o Cross Country, em modo lazer, verdadeira essência da liberdade na expressão mais bela que esta modalidade pode alguma vez oferecer a cada um de nós!
 
Saudações a todos,
aos homens livres, aos "prisioneiros" e a todos os outros,
Daniel FF
PortugalDanielFolhas @ 2018-07-19 22:14:53 GMT Linguagem Traduzir   
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Já tinha saudades dos teus reports das tuas belas voaças, embora, como escreveste, não  é bem este o report que a malta gosta. Posta aí  mas é o descritivo, que tu sabes fazer bem e são bastante didáticos.

PortugalRui Tomé @ 2018-07-19 23:17:48 GMT Linguagem Traduzir   
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