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Mais um belo dia de testes na Freita e arredores. Se no inicio da tarde o vento fraco no Portal do Inferno parecia querer brindar-nos a todos com uma marreca até à pitoresca aldeia de Covas do Monte, a situação depressa se inverteu quando, após o apagão que coincidiu com a viragem do vento a NW, a actividade térmica se começou a soltar dos profundos vales da região.
 
Efectivamente, face à fraca actividade da encosta NNE tanto eu como o Amador acabámos a subir nas vertentes NW do vale, aproveitando a recente mudança na orientação do vento meteorológico. Ainda assim, a parte inicial do voo não foi de graça e era necessário manter a concentração num local onde, a querer sair, é conveniente ter alguma garantia de sustentação. Essa garantia acabou por aparecer quando transitei para a cumeada orientada W-E e que tem uma das faces viradas para o vale do Paiva, zona onde o vento entrava praticamemte de frente e onde a boa actividade térmica me levou pela primeira vez acima dos 2000m.
 
Tracei então o objectivo de fazer uma triangulção, aproveitando aquele primeiro apoio e transitando depois para sotavento para regressar à descolagem. Objectivo conseguido, dei por mim sem recolha na descolagem, com o Amador mais para sul e com a actividade térmica a dar razão aos 6kg de lastro que levava debaixo das pernas!  Sendo assim iniciei um périplo pela serra, o que ia ao encontro de uma das possibilidades que tinhamos desenhado para o dia e que, à falta de boas condições para xc, consistia em conhecer o melhor possivel a zona, sobrevoando locais que, possivelmente, ainda ninguém tinha sobrevoado em parapente.
 
No final ainda deu para aproveitar um rasto de confluência marcada por alguns pequenos cúmulos que nos haviam de levar até à ponta sul da Serra do Caramulo.
 
Fica novamente a percepção de que a Freita e arredores tem um enorme potencial para o voo livre, como aliás para todos os desportos de montanha, que está praticamente inexplorado. A configuração daquele conjunto de serras é bastante singular no territorio nacional, onde os sistemas montanhosos são quase todos alinhados SW --» NE, porque aparece-nos como um bloco recortado em vários sentidos pelas linhas de água mais ou menos caudalosas, apresentando num espaço relativamente concentrado faces viradas a diversos quadrantes. Esta singularidade torna o local apaixonante do ponto de vista técnico, pela complexidade das combinações que existem entre canais de entrada do vento, faces a barlavento/sotavento e encostas viradas ao sol/sombra. Há um autêntico jogo de xadrez neste local que só agora começa a ser explorado por uns poucos pilotos e que, só por si, já merecia toda a atenção. Se juntarmos a esta equação o facto de no local ser habital o aparecimento de confluências, é razoável pensarmos que podemos estar perante um diamante em bruto!
 
 
PortugalDanielFolhas @ 2016-05-01 21:43:35 GMT Linguagem Traduzir   
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Voaço...devias pagar mais impostos esse conta kms não para.

PortugalPaulo Gomes @ 2016-05-02 12:45:54 GMT Linguagem Traduzir   
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