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Parabéns! Grande voaço mesmo antes da chuva...

PortugalSérgio Domingues @ 2014-05-18 21:09:45 GMT Linguagem Traduzir   
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yes

PortugalAntonio Aguiar @ 2014-05-18 21:17:27 GMT Linguagem Traduzir   
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Muito Bom, Parabéns.

Talvez a barra um palmo mais puxada ?

Abraço.

PortugalPaulo Frade @ 2014-05-18 22:04:27 GMT Linguagem Traduzir   
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PArabens!!

Sempre foste na direcao de Talavera. E o Dani foi ate onde? Abraço 

Guest: RicardoLouro @ 2014-05-18 22:20:11 GMT Linguagem Traduzir   
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Grande vôo, Ricardo! Parabéns.

PortugalJoão Ramos @ 2014-05-19 01:01:34 GMT Linguagem Traduzir   
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Mais um pouco e aterravas no mesmo prado de Pedro Bernardo.

Magnífico, parabéns

Guest: PedroFonseca @ 2014-05-19 06:37:41 GMT Linguagem Traduzir   
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Voaço!!

PortugalCiby @ 2014-05-19 13:49:51 GMT Linguagem Traduzir   
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Boa onda Ricardo yes

Guest: DanielFolhas @ 2014-05-20 09:55:31 GMT Linguagem Traduzir   
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O fim-de-semana tinha prometido mas o Sábado em La Parra não tinha cumprido. Apesar do dia lindo, do vento de frente, de uns cúmulos de livro e altos, do entusiasmo dos tugas presentes, não só asa deltistas mas também um grupo de marafados parapentistas, só três destes últimos fizeram algo que se visse: dois voos de 26 e 20 km e o Ivo, que saiu para trás no cloudbase e que ainda não pôs o voo no XC. Os outros parapentistas e todos os asa deltistas - excluindo eu, que nem descolei por medo do vento quase nulo, e o Fuzo, que escavacou a asa logo na descolagem - fizeram apenas merrecas locais, o Dani mesmo uma merreca dupla.

Voltámos, o Fuzo, o JJ Cup e eu, depois do jantar em Badajoz, para a Portagem, Marvão, onde acampámos à beira-rio.

No dia seguinte acordámos, molhámos os pés na praia da Portagem, encontrámos o Manel Neto vindo directamente de Lisboa e fomos a Porto da Espada, onde tínhamos combinado descolar com os que tinham ficado acampados em Badajoz: o Dani e a Sole, o Hugo Pronto, o Nuno Santos e o irmão.

O caminho para a descolagem estava impraticável para o (baixo) carro do Fuzo e a descolagem estava com metro e meio de altura de erva, pelo que avisámos os retardatários que íamos experimentar Castelo de Vide.

Lá chegados, por volta dessas 13:00 horas, demos com um carradão de parapentistas já a descolar. Globalmente sem grande êxito ou, pelo menos, sem um êxito fácil: subiam pouco e devagar, apesar do ventinho de frente na descolagem, e muitos merrecavam, voltando a subir e a descolar (e, alguns, a merrecar e a subir pela terceira vez).

O Manel e eu começámos logo a montar - o Fuzo tinha o montante partido e não tinha "repuestos". O Dani, o Hugo e o Nuno vieram, viram, conversaram, viram melhor, conversaram mais, deram mais umas voltas na descolagem e voltaram a conversar e, finalmente, disseram-nos adeus, que iam para Porto da Espada...

Quase às 15:00, sem aviso ou conversa, o Manel descola. Sobe 200m, desce, dá mais umas voltas e merreca tristemente no oficial, passando 1m acima do muro da estrada com o drag-chute aberto mas aterrando como ele sabe, impecavelmente.

Logo a seguir descolo eu, a subir, para a direita como o Fuzo mandou. Dou três ou quatro voltas a subir pouco e vou para a frente à procura dela. Ando, ando, sempre a descer até que pumba, lá estava ela, que agarrei até aos 1300m. Parou, fui até à ponta W do monte acima dos 1000 até que apanhei a segunda que, essa sim, foi-me levando e derivando para cima de CV até aos 1600. Disse ao Fuzo que me ia embora com o vento e fui, apontado às duas únicas aterragens decentes que há a NE de CV.

A 10km de CV e ainda a 1000m apanhei a terceira, que centrei com a ajuda de uns grifos até aos 2000 e daí dirigi-me, sempre com o vento nas costas, para as nuvens que se viam 30km a ENE de CV.

Pelo caminho, como ia a voar com os 143.950, ia ouvindo a conversa dos trapos com a Girona que andava nas recolhas. No entanto e apesar das indicações, não vi em todo o voo um único parapente, nem no ar nem aterrado

Cheguei a uma enorme sombra dessas nuvens, a um pueblo que agora sei chamar-se Salorino, com 1300m. Esperava apanhar algo antes de entrar na sombra mas nada. Relutantemente entrei no escuro, pensando que aquela zona era óptima para aterrar, quando apanho um cacete decente que me leva a 3-4m/s por ali acima até à nuvem a 3000. Logo ao princípio o costume: os danados dos grifos, sempre atentos, vieram de todos os lados para a minha térmica, que só largaram pouco antes da nuvem. Ainda lá entro brevemente mas continuo para ENE na direcção de um vale com boas aterragens. Lá chegado com 1200m apanho outra até aos 2700 e começo a pensar que o dia - e o fim-de-semana - estava ganho: já tinha feito 80 quilometritos e o glide até ao chão ia permitir-me fazer o meu melhor voo do ano, ultrapassando os 82km de La Parra 15 dias antes. Nessa altura ouvi pela última vez o Fuzo, que já vinha atrás de mim de carro, e que me disse, para meu espanto, que eu estava algures entre Cáceres e Plasencia. Não percebi como é que ele sabia - eu não sabia...

Lá fui, sempre sobre boas aterragens, deixando uma grande barragem para a esquerda, na direcção de uma cordilheira verde por onde, pelas minhas contas, marcaria os 100km. Mesmo antes de chegar a essa cordilheira, apontado a um cúmulo lindo, apanho outra térmica até a uns frios (6ºC) 3000m e lá vou, sempre com o vento de cauda, ouvindo o Eusébio e o Carlos Lopes, que iam 50km à minha frente mais ou menos na mesma rota, na conversa. De vez em quando também me chegava a voz monocórdica do Daniel Folhas chamando pela sua Ivone e, sempre, a da Girona rindo e cobrando jantares à malta.

Fui voando devagar em direcção a Gredos, a 45-50km/h em relação ao ar e a 60-70 em relação ao chão, vendo os quilómetros, contados desde a descolagem, passar no Flymaster, fazendo contas de cabeça em relação às zonas de aterragem que abundavam nessa zona. Chego aos 800 e picos metros, preparado para aterrar em breve, ouvindo o Eusébio e o Carlos Lopes a aterrar, e a asa parecia que nunca mais descia. Dorido e cansado pensei que valia a pena prolongar um pouco o sofrimento em prol da quilometragem, pelo menos enquanto sobrevoasse zonas com aterragens sem espinhas.

E assim fui enrolando e derivando, sustentado pela restituição suave, durante mais uns 40km até perto do Embalse de Rosarito, barragem à volta da qual se espraiava um mar de sobreiros densamente plantados. Faltavam-me pouco mais de 2km para os duzentos mas pensei que, como gajo atinado que tento ser, mais valia fazer um grande voo de quase 200 bem aterrado do que um grande voo de 200+ a acabar com a asa em cima de um sobreiro, pelo que dei a volta e aterrei num prado enorme e liso, mesmo ao lado de uma estrada movimentada.

Mandei logo as coordenadas ao Fuzo, que não atendia o telefone, e telefonei ao Manel para que tentasse, ele, falar com o Fuzo. Logo a seguir telefona-me o JJ Cup, eufórico, dando-me parabéns efusivos e contando como tinha, parado à beira de uma estrada perto de Portalegre, seguido o meu voo no Live e orientado o Fuzo nas direcções que devia tomar.

Mal acabei de ensacar a asa e quando me preparava para arrumar a parafernália dentro do arnês, mesmo antes do pôr-do-Sol, chega o Fuzo que ainda teve de esperar que eu acabasse as arrumações.

"Encarrámos" às 21:00 e viemos por aí fora, comendo uma sandocha pelo caminho. Às 02:00 estava em casa e meia-hora depois, lavado e barbeado, na cama.

Super-dia de voo. Em Maio !... Soube depois que dos asa-deltistas de Porto da Espada só o Nuno fez 50 km e o Dani nem voou. Os outros, a que entretanto se tinham juntado o Carlos Virgílio, o Pedro Laranjeiro e o António Moço, fizeram voos locais.

O verdadeiro clímax foi saber, no dia seguinte, que o Nuno Virgílio e (por analogia) a sua "Virgília", tinham batido cada um o seu record nacional, com o Nuno nos 300 e a Rita nos 150, que o David Chaumet tinha feito pouco menos que o Nuno e que o meu herói Ciby tinha batido os 250. Fabuloso !

Que prenúncio de época ! Já tomara o próximo Sábado...

Nas fotografias:

1 e 2 - a descolagem em CV, de fora (pelo JJ Cup) e de dentro;

3 - sobre Castelo de Vide;

4 - enrolando com um de numerosos passarões à sombra de uma nuvem;

5 - voo por instrumentos...

PortugalRicardo Marques da Costa @ 2017-10-20 19:04:15 GMT Linguagem Traduzir   
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parabéns por mais um voo daqueles que ficam na memória e, já agora, pela homenagem :)

 

Guest: NunoVirglio @ 2014-05-24 23:00:37 GMT Linguagem Traduzir   
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Homenagem mais que merecida a todos os enormes voadores nomeados, exemplos que dignificam e elevam o voo livre "tugo/franco/magiar". Pena que não se consigam ver o teu voo, o do David e o da Rita no XC Portugal... Podem tratar disso ?

PortugalRicardo Marques da Costa @ 2014-05-25 11:48:16 GMT Linguagem Traduzir   
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Ricardo,

 

grande voaços, excelentes decisões.....pois vale muito mais 200 - com boa aterragem do que 200+ com má aterragem...te digo com a inveja de não poder voar (ainda) por ter aterrado mal...

 

Parabéns pelo voo, pelo entusiasmo e pela aterragem.

 

Abraço

 

Pedro Sampaio

Guest: PedroSampaio @ 2014-05-22 19:25:54 GMT Linguagem Traduzir   
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